Nos últimos dias, um infográfico elaborado pela empresa de marketing digital Right Mix Marketing tem chamado a atenção de profissionais e entusiastas das redes sociais por destacar um “fenômeno” peculiar: o número de adolescentes utilizando o Facebook tem caído nos últimos meses. O principal motivo? A presença cada vez maior dos país no serviço.
Um estudo recente divulgado pela empresa Piper Jaffray reflete este cenário. A companhia entrevistou 5.200 adolescentes na América do Norte, com 33% deles indicando que o Facebook ainda é a sua rede social preferida. Seria uma resultado bastante favorável se não fosse um detalhe: apesar de o serviço permanecer na liderança, uma pesquisa similar realizada no segundo semestre de 2012 dava esta proporção como sendo de 42%.
Não é possível fazer afirmações sem um estudo cuidadoso do assunto, mas é de se presumir que a maioria dos país não começa a participar do Facebook meramente para vigiar os filhos. O que acontece é que, naturalmente, os principais contatos no serviço tendem a ser seus entes mais próximos e, como não poderia deixar de ser, há uma atenção especial direcionada aos filhos.
Mas, para muitos jovens, a presença dos país em suas atividades on-line registradas por “likes”, comentários ou marcações em fotos muitas vezes é tida como invasão de privacidade ou até mesmo como situações constrangedoras, remetendo ao não raro comportamento dos adolescentes que se incomodam, por exemplo, de comparecer à escola acompanhado de sua mãe ou de seu pai.
Se por um lado o interesse pelo Facebook cai, por outro, serviços mais recentes passam a obter mais atenção deste público, o que pode indicar não apenas a busca por uma rede social alternativa, mas também – ou principalmente – a disposição dos jovens de experimentar ferramentas novas e mais alinhadas aos seus interesses. É o que vem acontecendo com serviços como Kik Messenger, WhatsApp e SnapChat, que se diferenciam enormemente do Skype ou do Google Talk, por exemplo, por se basearem desde o princípio nos dispositivos móveis (e qual é o adolescente de hoje que não tem/quer um celular?).
É claro que isso não quer dizer que os pais devem abandonar o Facebook, aderir imediatamente a qualquer novidade no que se refere às redes sociais ou mesmo deixar de acompanhar as atividades de seus filhos. Como tudo na vida, talvez o mais plausível seja o esforço de evitar excessos – muitas vezes, uma boa conversa é suficiente para detectar problemas em relação a este aspecto.
A internet parece ter uma afeição muito grande por mudanças rápidas. Lembre-se que, outrora, era o MySpace que dominava os interesses do público on-line, especialmente dos mais novos, com o orkut ocupando este posto no Brasil. Assim, talvez estejamos apenas presenciando o rumo natural das coisas. Se o Facebook está perdendo usuários, que Mark Zuckerberg e sua turma se preocupem com isso.
Referências: TechCrunch, CNET News.
fonte: Emerson Alecrim
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