Robert McMillan/Wired |
Em setembro de 2011, Larry Page fez seu papel de CEO e, durante a conferência financeira anual do Google, anunciou que uma série de produtos seriam descontinuados. Os empregos seriam mantidos, mas usuários ficariam órfãos.
A justificativa é que diminuindo a quantidade de serviços, a companhia poderia dar mais foco ao que restasse – algo feito por Steve Jobs há anos com a Apple, que hoje mantém poucos tipos de produtos, todos top de linha.
A vítima recente de maior destaque no “facão” do Google é o Reader, que sairá do ar em 1º de julho deste ano, conforme noticiamos aqui no Olhar Digital. Mas antes dele houve mais baixas, de produtos e serviços que ou acabaram de vez ou foram unidos a outros. Ao todo, 70 já foram atingidos.
Alguns cortes fizeram bastante sentido. O Desktop, por exemplo, era um gadget para Windows que levava pesquisa e outros recursos à tela inicial, mas todas essas funções estão diretamente ligadas ao navegador (e é mais fácil efetuá-las por lá). O Image Labeler, uma espécie de game pelo qual se buscava e rotulava imagens da web, também perdeu a razão de ser e hoje existem centenas de jogos nas lojas do Google.
Dentre os que foram incorporados estão ainda o Fast Flip, criado para melhorar a experiência de navegação entre conteúdo de leitura e que foi engolido por outros produtos, e o Bloco de Notas, que se tornou inútil, pois duplicava a função do Docs. Algo parecido ocorreu ao Cloud Connect, plugin com o qual se podia salvar arquivos do Microsoft Office no Drive – hoje, basta instalar o Drive no desktop e ele faz a mesma coisa.
Na área mobile, talvez a maior perda seja para donos de aparelhos da BlackBerry, que não contarão mais com o aplicativo do Voice. A partir da próxima semana, quem quiser terá de usar o recurso por um app em HTML5.
Várias plataformas voltadas a desenvolvedores também saíram de cena, sejam em termos de codificação ou de API, entre elas: Apps Script, CalDAV, Building Maker, a API de buscas para o Shopping e a do Maps para Flash.
Mais criações do Google devem passar pelo facão neste ano, ainda mais porque muita coisa tem sido incorporada ao G+. Mas provavelmente nenhuma baixa causará tanto impacto direto a usuários finais quanto a do Reader. Resta esperar para saber quais serão os próximos atingidos… algum palpite?
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